terça-feira, 15 de junho de 2010

Histórico do Mercado


O mercado de blindagens no Brasil começou na década de 80 - a primeira empresa foi a Massari Armor, que reinou só durante muitos anos, até a chegada de outras empresas - como a Inbra Blindados, a G5 e a O'Gara-Hess & Eisenhardt

A O'Gara-Hess foi a primeira multinacional a operar no Brasil. Eu e a Irene trabalhamos lá por 8 e 7 anos respectivamente. Eu particularmente comecei antes da empresa ter propriamente uma sede - blindávamos os carros em uma concessionária Chevrolet e eu ficava numa "mesinha" dentro da agência de publicidade que nos atendia. A entrada da O'Gara provocou uma reviravolta no mercado pois, pela primeira vez, havia marketing, assessoria de imprensa, enfim - divulgação.

Isto foi em 1996 - havia 4-6 empresas, cada uma fazendo seus 10-20 carros por mês, contando muito com divulgação boca a boca e tratando o assunto com muito, mas muito sigilo. A O'Gara começou a "abrir" o assunto e acabou sendo bom pra todo mundo.

Lembro do primeiro Salão do Automóvel, no final de 1996. O resultado foi tão bom que lembro de ter recebido um cheque no stand! 50% do valor de uma BMW série 3 que tínhamos no stand. Aliás, no stand também tinha uma carruagem - pra representar o fato de que a empresa havia sido fundada em 1876 como uma fabricante de carrocerias especiais.

Mas o fato é que de meros 5-6 carros que blindávamos no começo de 1996 passamos a uma média de 30 após o Salão. Tivemos que alugar o galpão do lado pra deixar os carros na "fila" pra entrar em produção.

E nessa época era tudo muito difícil. Os vidros eram importados - Pilikington da Inglaterra, AGP da Colômbia ou Isoclima da Itália. Caríssimos, demoradíssimos e um processo sujeito a uma série de percalços: canal vermelho na alfândega significava avisar o cliente de que seu carro ficaria conosco por "tempo indeterminado". E quando o vidro chegava, depois de atravessar o oceano, ainda corria o risco de que a curvatura estivesse errada, ou que tivesse algum outro defeito de qualidade - além do risco de quebra, é claro.

Um outro "boom" significativo veio com a campanha de incentivo que implementamos junto aos concessionários. A Irene foi, em última análise, a responsável por implementar e tornar a campanha um sucesso. 70% das vendas da empresa chegaram a ter origem em indicações de concessionários. (Hoje isto já não é tão bom negócio para o cliente, mas isto é tema de outro post!)

Logicamente o boom não foi só na O'Gara. As empresas que já estavam, cresceram. E muitas outras surgiram. Hoje reza a lenda que existam mais de 100!

A ABRABLIN, Associação Brasileira de Blindagem, mostra um histórico muito legal da evolução da produção de blindados, que abre esta postagem.

A partir de 1999, eu já estava nos Estados Unidos, de onde coordenava o marketing para as operações internacionais da O'Gara, onde fiquei até o começo de 2003. Mas a Irene estava no Brasil pra testemunhar o mega-boom de 2000-2001. A O'Gara, que era marca premium, chegou a fazer 90 blindagens por mês! Imagino as outras marcas com preços mais acessíveis.

Esta "popularização" da blindagem teve alguns pontos positivos, mas também criou alguns cenários perigosos.

Hoje a gente vê por aí cada coisa que é de cair o queixo... existem pouquíssimas empresas que mantiveram seu padrão de qualidade (na minha opinião, somente a Cart) e a esmagadora maioria teve que sacrificar produto pra poder competir em preço.

E é com essa proposta que trouxemos para o Brasil a Trasco Bremen:
1. Somos uma operação boutique. Não vamos fazer mais do que 20 carros/mês porque julgamos ser impossível manter um controle rígido de tudo o que sai da fábrica.
2. Prezamos pela qualidade do acabamento. O carro logicamente não fica 100% original, quem disser que fica está mentindo. Mas deixamos a originalidade ao máximo possível.
3. Prezamos pela segurança. Sobreposição de materiais, materiais com certificado do Exército e de fornecedores idôneos, mão de obra qualificada, projeto detalhado de instalação.
4. Compromisso da melhor relação custo-benefício. Ninguém precisa pagar R$ 70.000,00 por uma blindagem. Não vale. Você vai estar pagando nome. Mas quem paga R$ 30.000,00 por uma blindagem nível IIIA provavelmente está recebendo muito menos do que isso em termos de produto.

Para conhecer a Trasco Bremen, visite www.trascobremen.com.





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